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A experiência

Foi chegando nas lhas Gambier, que descobrimos a Polinésia. Quando estávamos conhecendo o vilarejo de Rikitea, um Mangarevo se
lamentou sobre a nossa chegada:
–  “É realmente uma pena que vocês tenham vindo agora! »
Perplexos, nós nos olhamos e nos perguntamos se tínhamos feito algo de errado.
– “Não há frutas neste momento” disse ele.
Ah, se for só isso, não tem tanta importância.
– “As goiabas terminaram, ainda não há mangas nem lichias e já não há muitas toranjas… »
Ficamos tranquilos e como íamos passar vários meses na Polinésia, quisemos saber quando poderíamos encontrar essas frutas.
– “E quando é a estação delas, então? nós perguntamos.
– Ah, acabou, infelizmente.
– Sim, mas quando será novamente a boa estação?
– Hum, vai voltar, tem que esperar…
– …”
Ilhas Gambier, Polinésia Francesa, 2011

Quem conta

Belle-Isle (Europeu), com quase 40 anos, ele navega pelo mundo com a sua mulher. Eles moram em um veleiro e conseguem chegar em ilhas de difícil acesso, o que lhes permite matar a sede de encontros. Acompanhe a jornada no blog https://belle-isle.eu e livro https://tdm80.eu.

O que você pensa

Extraído do livro O Polinésio e o tempo de Maco Tevane, presidente da Academia Tahitiana: 

« Nossos ancestrais quando namoravam não marcavam encontro às 14h em ponta , ou às 18h, mas no momento em que, por um lado o botão da tiaré vira uma flor, ‘Ia ‘ûmatatea te tiare, primeiro estágio da sua floração, e por outro, na hora em que a maré começa a esvaziar… I te pahera’a miti.

Um tempo feliz…não? Tempo onde o atraso podia ser por causa do botão de uma flor que hesita em florescer, e não por causa do caprichoso despertador que não tinha tocado porque esquecemos de armar… o botão do toque. Dá para entender melhor a relatividade do tempo quando vemos que o polinésio leva atrás da orelha uma verdadeira flor de tiaré cheirosa em vez da última Seiko digital e preciso ».